quarta-feira, 23 de abril de 2014

Os poetas vão, as poesias ficam

Na última quinta, 17/04/2014, morreu o escritor colombiano Gabriel García Márquez. Tive o prazer de ler algumas de suas obras (e as recomendo!), como Cem anos de solidão, lido na época da graduação (obrigada prof. Alamir por me ensinar, talvez mesmo sem intenção, a amar poesia, independentemente de sua forma). O oroboro da família Buendía é magnífico e faz com que queiramos ler mais obras do escritor.


Nas novas leituras, uma com sabor especial, Cheiro de goiaba, que ganhei da minha amiga Kelly, quando a visitei na "capital": Lucas do Rio Verde/MT (sim, amiga, eu fui!! A Lívia Maria não! rs). Ganhei o livro para, segundo a Kelly, melhorar o seu maná (espero ter cumprido a função!!), e ele já está na prateleira dos especiais, pela obra e pela dedicatória que só uma amiga-irmã poderia escrever:


Outros livros de GGM merecem atenção: A incrível e triste história de Cândida Erêndira e sua avó desalmada e também Memórias de minhas putas tristes, memórias que tive o prazer de reler (0u ler, agora na versão original) nos metrôs de Santiago. Em A incrível e triste história de Cândida Erêndira e sua avó desalmada, história desenvolvida a partir de passagem do romance Cem anos de solidão, conta a história de uma avó que culpa a neta pelo incêndio ocorrido na casa onde moravam e para que a menina pague tamanho prejuízo, escraviza a neta, tornando-a uma prostituta. Já em Memórias de minhas putas tristes,  conta a história de um senhor de 90 anos que pretende se presentear com uma noite de amor com uma menina virgem. Dizem que García Márquez se inspirou no livro A casa das belas adormecidas (prêmio Nobel de Literatura de 1968) do japonês Yasunari Kawabata para escrever tal obra. Imperdíveis!!

Apesar do meu carinho pelas obras citadas, a minha paixão é, sem dúvida, O amor nos tempos do cólera. Li certa vez, não me lembro onde (sorry!), que o próprio Garcia-Marquez dizia ser esta a sua obra-prima e não Cem anos de solidão (concordo plenamente!!), por aquela contar a história de amor vivida por seus avós.  O fato de ser uma história de amor verdadeira, a meu ver, só engrandece a obra. O amor é lindo, não é mesmo? E o de Florentino Ariza e Fermina Daza me ganhou. Se isso indica alguma coisa? Talvez seja eu uma romântica. A última? Espero que não.


É isso, como diz outro poeta: "os poetas vão e voltam". Ou não vão, já que estão em sua poesia que fica.


Minha homenagem e agradecimento a García Márquez por sua poesia em prosa

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