sexta-feira, 2 de novembro de 2012

As meias...

Dia nublado, como deve e costuma ser o Dia de Finados. Deposito-lhe flores, quero agradecer-lhe por... já não sei bem o quê, quero agradecer em palavras o que já fizera em atos, estes não percebidos por você por estar demasiadamente ocupado com o que mais gosta. Agradeço-lhe sua presença e ausência, é isto. Tenho saudade sim; acho que isso é bom, pois só sentimos saudade do que foi bom; sinto, principalmente, falta de teus pés aquecendo os meus sempre tão frios, por isso te quis comigo. Se hoje não tenho seus pés, restam-me suas meias (eis meu lado machadiano... vão-se os pés, ficam as meias). Ofereço-lhe flores, as de plástico que não morrem, agradeço-lhe as meias que hoje visto. Não são seus pés, mas já os calçaram. As visto e consigo dormir, as visto e consigo passar a noite, as visto e consigo passar os dias.

4 comentários:

Luisa disse...

nossa Ju...
meio triste, né? rs...
eu diria "compre meias novas" ... rs...

Maristela Zanin disse...

Eu gostei desse. Gostei bastante!
E quanto à tristeza e nostalgia, elas fazem parte do dia de finados. Mesmo que amanhã se pense: "ainda bem que chegou ao fim..."

J. Figueiredo disse...

Luisinha, poeta é um fingidor... rsrsrs. Curti a ideia de meias novas. bJU.

J. Figueiredo disse...

Obrigada Má. Verdade o dia de finados é assim, nostálgico, mas confesso que nem quis ser tão nostálgica assim, eheh. bJU.