quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O crime do professor de matemática

"Quando o homem atingiu a colina mais alto, os sinos tocavam na cidade embaixo. Viam-se apenas os tetos irregulares das casas. Perto dele estava a única árvore da chapada. O homem estava de pé com um saco pesado na mão.
Olhou para baixo com olhos míopes. Os católicos entravam devagar e miúdos na igreja, e ele procurava ouvir as vozes esparsas das crianças espalhadas na praça. Mas apesar da limpidez da manhã os sons mal alcançavam o planalto. Via também o rio que de cima parecia imóvel, e pensou: é domingo. Viu ao longe a montanha mais alta com as escarpas secas. Não fazia frio mas ele ajeitou o paletó agasalhando-se melhor. Afinal pousou com cuidado o saco no chão. Tirou os óculos talvez para respirar melhor porque, com os óculos na mão, respirou muito fundo. A claridade batia nas lentes que enviaram sinais agudos. Sem os óculos, seus olhos piscaram claros, quase jovens, infamiliares."
LISPECTOR, Clarice. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

sábado, 8 de setembro de 2007

Em defesa do trema!

Talvez eu nem demore a me acostumar com a ausência do acento circunflexo no duplo “o” de certas palavras paroxítonas; tenho até “enjôo” (com acento ainda!) em pensar nas novas regras. Creio que eles crêem (os que ditam as regras) que não tem importância um acento circunflexo em tais palavras. Assim como também não vêem (também com acento, por enquanto!) sentido acento na terceira do plural de alguns verbos no presente do indicativo ou do subjuntivo. A saber: crêem, dêem, lêem, vêem. Creio que tal acento já não era usado por muitos. Dão agora uma chance para o novo. Pena que muitos vão continuar sem ler as regras gramaticais e talvez um dia perguntem: Mudou? Veja, não sabia! (como sempre). Mas nem tudo está perdido, vangloriemos a “morte” do hífen. Como um símbolo simples assim pode ter tantas normas? Vinte e três se não me engano... nem metade tínhamos de cor. Por isso digo: Hífen! Vai tarde!
No entanto, não posso deixar de consternar quanto ao símbolo pequeno e indefeso, o trema!
O trema é como um aluno certa vez me disse: “é tudo de bom”. Certo é que muitos falantes não o usa. Pobre coitado porque não é usado, será excluído!!!
Não posso fingir de nada, tenho que fazer algo em defesa deste, mesmo que seja escrever estas pequenas palavras. Esse sinal gráfico ajuda e muito no ensino da língua, ele marca quando o “u” é sonoro átono, ou seja, quando ele é pronunciado. Agora terei que falar para meus alunos, principalmente, os que são estrangeiros para terem sempre às mãos uma bola de cristal, assim saberão quando pronunciar o “u” e quando não.
Por favor, salvem a professorinha! Salvem o trema!
Nem vou comentar as demais mundanças.... por hoje, chega!

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Pai!


Bem, o mês está acabando e eu ainda não escrevi uma mensagem pro meu pai, a pessoa que mais amo. Passei o Dia dos Pais com ele e por isso não escrevi no dia, aproveitei pra curtir o momento com ele. Mas então, o que dizer desse homem que é minha vida??? Todos que convivem comigo, inclusive ele, sabem o quanto eu o amo, o quanto o admiro.
Pai, o senhor é o meu gordo-lindo!!!! Não consigo imaginar minha vida sem sua presença, seus conselhos, suas conversas. Amo fazer massagem nos seus pés, ouvir contigo músicas clássicas, assistir todos os jornais da TV e principalmente falar de política.
Quero que saiba o quanto é importante ter suas sábias palavras, seus bons conselhos, seu aval. Obrigada, pai por tudo! Obrigada por estar perto mesmo quando longe. E me desculpe se as palavras não são suficientes para expressar todo o amor que sinto pelo senhor. Te amo!!!
Cá entre nós... homem lindo é o meu pai!!! Minha mãe fez uma ótima escolha, eheheheh

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

E as vaias são para o Rio: Uhhhhhhhhhhhh

Título de Cidade Maravilhosa?! Bem, vejamos... verdade seja dita: maravilhosa para gringo ver!!! Belas paisagens, sim! Não temos dúvida disso. Porém, uma cidade onde impera a violência, onde crianças são exploradas sexualmente, onde as diferenças sociais são gritantes. A realidade do Rio não é o arco-íris pintado nas telinhas da TV.
Portanto, sem sombra de dúvida, o Rio não deveria nem mesmo ter aparecido na lista para sediar o PAN e mesmo assim, ainda não sei como, foi a escolhida para sediar. Ah! Detalhe... com a ajuda do governo (vaiado)!!! Ou acreditam mesmo que o Estado conseguiria por si só armar o esquema de segurança que foi montado? Teria dinheiro para construir a Vila Olímpica construída??? Paremos por aqui.
Definitivamente, as vaias não foram para o senhor, Presidente. E sim, para o próprio Rio de Janeiro – o Estado que come ovo e arrota caviar.
Sábias palavras: temos dois ouvidos, com um, ouvimos as vaias e com o outro, os aplausos!!!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Final de semana cultural (II)


“... Capitu

A ressaca dos mares

A sereia do sul

Captando os olhares

Nosso totem tabuA mulher em milhares

Capitu...”

(Luiz Tatit)

No dia 02 de junho tive o prazer de assistir ao show da Ná Ozzetti no Teatro Ouro Verde (Londrina). Essa mulher que começou a carreira no ano em que eu nasci (“a long time ago”) me surpreendeu. Não que eu a subestimasse, imagina!!!! É que a apresentação foi melhor do que eu imaginava, superou as expectativas.
Ná subiu ao palco junto com Dante Ozzetti (violão) e Sérgio Reze (baterista e percussão). No repertório: Atlântida, Mutante, Crápula, Atração fatal (parceria com Tatit); Você passa, eu acho graça (
Carlos Imperial e Ataulfo Alves). A seleção foi mesmo maravilhosa.... melhor impossível.


“... e agora, você passa, eu acho graça
Nessa vida tudo passa
E você também passou...”


“... Crápula!

É duro que dói

É ele que vem

Que sempre destrói

Que pega um amor

Sincero e corrói

É esse o vilão

Que agora é herói...”

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Final de semana cultural (I)





Dia 01 de junho se apresentaram em Londrina o violonista Yamandu Costa e o acordeonista Alessandro Kramer. Tal apresentação se deu devido a comemoração 17o aniversário da Rádio Universidade FM. Parabenizo a rádio pela fina escolha. Porém ao mesmo tempo que a emissora acertou, errou. Afinal de contas, nem tudo é perfeito. Prometi a mim mesma que só iria comentar o show, mas como ficar quieta perante tamanha falta de respeito... aos quatros cantos foi avisado que a apresentação seria na Concha Acústica, recém inaugurada. Depois, muitos desavisados (eu me incluo nesta lista) ficamos sabendo que a apresentação havia sido transferida para o Teatro Ouro Verde e o público deveria pegar ingresso antes. Ah!!! A emissora tomou tal decisão à tarde e fez a divulgação durante os programas. Será que não pensaram que nem todos ouviam a rádio numa sexta-feira, dia de trabalho, horário comercial????
Bem, deixa para lá!!! Passou!!! Vamos ao show que pode ser resumido da seguinte maneira: MA-RA-VI-LHO-SO!!!Yamandu é mesmo singular, no palco fazia caras e bocas, parecia estar em transe, a impressão é que música inundava todo o seu ser. Nós quem assistíamos ao espetáculo também fomos inundados por esse extase, as emoções estavam todas à flor-da-pele.
Emoção maior foi mesmo quando pisou ao palco o seu acompanhante especial, o acordeonista Alessandro Kramer - rapaz de sorriso tímido e encantador (que sorriso!!!!). O jovem músico transmite alegria nos sons de seu acordeon, a vontade que tive foi de levantar-me do local aonde estava sentada (no chão – espetáculo lotado) e convidar um outro moço que sentava alí, tão pertinho, logo alí na primeira fileira para dançar. Ele eu sei que é grande conhecedor da cultura gaúcha, imagino que saiba dançar esse tipo de música. Não fiz isso! Fiquei sentada no meu cantinho, apreciando o sorriso e a música.
Yamandu e Alessandro, espero que voltem mais vezes a Londrina. Muito obrigada pelo espetáculo.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Maio (III): Mãe (Mário Quintana)

Faço minhas as sábias palavras de Quintana. Eis o poema:


Mãe...
São três letras apenas
As desse nome bendito:
Também o Céu tem três letras...
E nelas cabe o infinito.
Para louvar nossa mãe,
Todo o bem que se disse
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer...
Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do Céu
E apenas menor que Deus!

Minha mãe-linda, te amo!!!

sábado, 26 de maio de 2007

Maio (II): Mãe! Mãe?


Maio: mês do medo de ser mãe. Alegria da possibilidade de gerar uma vida.

Maio: frustração de não sê-la. De não tê-la gerado.

Maio (I): Eleições na França.

Maio foi mesmo um mês agitado, tanto no mundo como para quem agora vos escreve. Eu poderia ficar aqui justificando os tantíssimos trababalhos que estive corrigindo nesse mês - essa minha profissão de professora!! No entanto, para que justificar se maio ainda não terminou? Ainda é possível falar dos acontecimentos do mês, com um certo atraso, é verdade, mas como diz o bom e velho ditado: “antes tarde do que nunca”. E me baseando no dito... Maio: muitas datas!!! Mês das noivas, mês das mães, mês de eleições na França.
Não vou falar de noivas, realmente não é um assunto que me agrada. Mil perdões noivas do Brasil afora, falar de noivas para mim, é superficial. É sempre a mesmice: o vestido, a grinalda, a festa, etc. Bã... não me acrescenta nada.
Das mães, apesar da data meramente comercial, sempre é bom falar dessa pessoa maravilhosa. Vou falar delas num texto à parte, elas merecem que escrevamos sempre, que a amemos sempre, que a agradecemos sempre.
Então o leitor já deve estar sabendo que vamos falar. Sim!!! As eleições da França.
Primeiramente a surpresa de uma mulher disputando tal posto já indica uma vitória. Mesmo não tendo vencido (e olha que torci muito) as eleições, Royal deve receber todo o respeito, pois sabemos que o mundo (em graus diferentes) ainda vive sob a ótica masculina e portanto, ainda machista. Dos desafios que a candidata socialista teve que enfrentar, tal como: crescente popularidade de seu adversário e esforço de unir uma esquerda fragmentada, estava o maior deles - o de derrubar o preconceito.
Não sou uma feminista, passo longe disso. No entanto, acredito no direito de ir e vir de todo cidadão independente do seu sexo. Dessa maneira, penso que ouvir “quem vai cuidar de seus filhos se vencer a presidência?” é mesmo o fim dos tempos! Principalmente se considerarmos que a pergunta veio de um colega de partido (Laurent Fabius). Imaginem então o que acabou ouvindo de outros.
Certo é que mesmo com toda a pressão Royal conseguiu grande destaque: o 2o lugar - superando mesmo a candidato apoiado por Chirac, Dominique de Villepin (primeiro-ministro).
No entanto, independente de ser mulher e a posição alcançada o que mais me agradou e agrada nessa mulher é mesmo o seu ideal de justiça. Podem me chamar de idealista ou algo do tipo. Eu acredito que é o possível tornar uma sociedade mais justa. Também sei que a França, está muito melhor que o Brasil nesta questão. E, mesmo estando muito melhor, vejam, tem gente acreditando e lutando para melhorar, se acreditam e lutam é porque ainda pode melhorar.
Posso ser uma idealista como julgas, mas não a sou no extremo de acreditar que acabaremos com as diferenças sociais, mas acredito piamente que essas diferenças podem ser menores, lá e mesmo aqui no Brasil.
Dessa forma, o slogan de Royal foi perfeito e deve ser seguido: “mais justa, a França é mais forte”. Não sei o então presidente Sarkozy buscará a justiça, para ser sincera acho difícil (espero estar errada). Penso que a justiça dele é um tanto controversa.
A França de Sarkozy fere o direito de ir e vir, fecha as portas aos emigrantes, com exceção aos judeus, afinal de contas não se pode negar as origens! Não estou pregando que as portas devem ser fechadas a esse povo. Não! Não é isso, mas não deve ser fechada aos demais também.
Um exemplo simples: os franceses podem vir ao Brasil quando quiserem e aqui serão bem tratados. No entanto, o indivíduo brasileiro corre o sério risco de ser deportado da França facilmente... ao menos que... se converta e procure construir mesquitas em Paris, aí pode ficar!
Sou abertamente contra esse “pode” e “não pode” que visa questões pessoais. Brasileiros e outros povos que vivem na então França devem ter o direito de lá permanecerem, o governo tinha que incentivar a regularização dessas pessoas no país, ou acreditam que as estas, gostam da irregularidade?
O advogado-presidente fará mesmo o papel de juiz-presidente? Veremos logo, em cenas dos próximos capítulos.

segunda-feira, 12 de março de 2007

A questão do belo (segundo a biologia).


Na revista Scientific American desse mês veio uma reportagem interessante sobre a questão do belo. O estudo mostra que existem padrões bem uniformes de beleza seguidos no mundo. O rosto é aonde se caracteriza a beleza, o belo exige simetria, mas sem exageros. Nada de perfeição!
A reportagem mostra ainda que para um homem achar uma mulher bonita, esta deve ter uma mistura de rosto infantil, com: testa alta, olhos grandes, nariz pequeno, queixo estreito e lábios cheios; somado a um toque de adulto, as famosas rugas são benquistas.
No primeiro caso, ou seja, com a aparência infantil a mulher estimula no homem o instinto protetor ao mesmo tempo em que dá um “ar” de submissão e docilidade. Eles gostam de se sentirem superior! Eles gostam que sejamos dóceis!
Já as ruguinhas demonstram maturidade. Cara de criança e madura!!! Of course.Já quando o assunto é a beleza masculina, aí sim temos a complexidade do assunto (ou somos nós mulheres que complicamos na hora de eleger um padrão de beleza masculino?).
Segundo o estudo, as mulheres preferem ver marcas de maturidade no homem (disse tudo!). Mas como nós mulheres somos um tanto complicadas e dúbias (dúbias e não débeis, viu!), ora queremos um homem maduro, ora nem tão maduro assim.
Macho-cho, os autores dizem que são os preferidos, mas isso nos dias férteis, já nos demais dias, ou seja, na maioria, os votos vão para os de faces mais brandas, menos masculinizadas, mas sem traços infantis... essa parte deveria vir em letras garrafais, mas como no texto não está dessa forma, assim o faço aqui: SEM TRAÇOS INFANTIS, please! Válido para o rosto e também para as atitudes.
“Um rosto fortemente marcado seria expressão de competência imunológica, resistência a parasitas e qualidades dos genes – além de masculinidade e todas as demais características a ela relacionada.” (p.86).
Portanto, um rosto bonito tanto de homem quanto de uma mulher, segundo a matéria, aparenta saúde, inteligência, simpatia e honestidade. E por que será que damos tanta importância a tais aparências? Segundo Fink(1), Grammer(2) e Kappeler(3) isso acontece por causa do interesse de escolhermos um parceiro que fique com a gente por anos. Queremos constituir casa e ter filhos com uma pessoa saudável. Dessa forma, o parceiro ideal deve satisfazer esse desejo, para tal, o parceiro deve aparentar/ter saúde para anos e anos de união.

Texto: “Beleza 10”, p. 80 – 87 Scientific American Brasil, ano 5, no 58, março de 2007.
1. Bernhard Fink, 2. Karl Grammer e 3. Peter Kappeler.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Quando eu quero paz, eu vou a Minas Gerais.

Sei que a rima é pobre, mas é o que realmente sinto quando vou a Minas, mais precisamente quando vou para Fronteira, onde vivem as pessoas que mais amo: meus pais.
Depois de uma maratona de fechamento de notas, viagens, festas de final de ano e de quebra, o Carnaval; nada melhor que sossegar.
A quarta-feira de cinzas motivou... como Londrina estava assim tão gris, tão parecida com Osasco, o jeito foi “fugir” daqui.
Malas prontas e quando dei por mim, lá estava eu andando descalça na terra (que delícia!), pegando diretamente do pé: acerolas gigantes, carambolas, limões e goiabas. Estava me sentindo uma moleca.
Meio da tarde, pausa pra fazer massagem nos pés do meu gordo-lindo e também pra fazer as unhas da ´mamis´. Já no final do dia, um bom café feito em coador de pano, pão francês e queijo minas.
Assim com a chegada da noite, o que restava era muita prosa. Gosto de passar horas conversando com meu pai, homem inteligente que adora falar de política e ouvir música boa. Falar mal do governo do Aécio Neves embalados por Vivaldi é mesmo o máximo!
Isso só acontece lá no refúgio. É lá em Minas Gerais que tenho paz!

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Maluf podia ter dormido sem essa!

Dada a campanha eleitoral do Clodovil, só pude mesmo sentir vergonha do povo brasileiro. Um povo que provou votar por votar, provou não levar a sério a questão política, caso contrário não votaria em alguém que em plena campanha declarava que deixaria o Congresso um charme (valha-me Deus!). Ainda tenho minhas dúvidas se ele não se candidatou por brincadeira ou se a intenção era mesmo essa, mostrar que o Brasil não sabe votar, ganha voto quem é visto/conhecido na telinha.
Passada a indignação da campanha e eleição deste, pois já não há mais o que fazer, me deparo com um “homem” atirando à torto e à direita (à esquerda também, não é mesmo sr. Chinaglia?)... uma surpresa. Não sei se Clodovil fará algo pelo povo como declarou, mas já valeu as alfinetadas dadas no então e velho Paulo Maluf, que também “caiu de pára-quedas” no Congresso. O apresentador diz, em seu primeiro discurso na Câmara, ser conhecido em todo o país graças ao seu trabalho e não por coisas desonradas. Maluf podia mesmo ter dormido sem essa!
Obs: Quero a TV Senado aqui em casa, alguém me doa uma parabólica?

Questão de interpretação: Osama, amado ou não?

E, este mês na Austrália uma igreja evangélica colocou uma faixa com a seguinte frase: "Jesus ama Osama bin Laden" o que causou um maior rebuliço por parte dos governantes. Os membros da igreja disseram que o objetivo é dizer que Jesus ama todos. Mas parece que os políticos não entederam desta forma, talvez tenham interpretado que se Jesus ama Osama, não ama ninguém que é contra este (ou seja quase todo o ocidente), talvez tenham interpretado que se ama Osama, ama até mesmo um ladrão, até mesmo um corrupto e até mesmo um político. Talvez aí esteja o problema, seria uma afronta ser considerado "farinha do mesmo saco". Vai saber! É mesmo questão de interpretação.

Até que enfim.

Em setembro de 2006 tivemos aqui na cidade o Londrix, Festival Literário de Londrina e no dia 23 o debate era "A Narrativa Contemporânea Brasileira", lembro que o mais comentado dos assuntos foi mesmo o tal blog. Imaginem! Logo eu que não dava nada pra esse negócio acabei descobrindo que a tal ferramenta é muito utilizada por muitos amantes da escrita. Desta forma, coloquei como resolução para 2007: criar um blog!
Janeiro veio e nada de criá-lo. Fevereiro chegou e aí tive mesmo que tomar vergonha e criá-lo, caso contrário estaria mal comigo mesma.
Eis, aqui meu blog!!! Quero agradecer a alguns escritores que contribuiram com este. Obrigada ao gaúcho, Daniel Galera pela dica do site. Obrigada ao amigo Frederico Barbosa pelo incentivo. Obrigada ao grande Marcelo Mirisola pelo apoio.
Também gostaria de agradecer aos demais escritores: Marcelino Freire, Ronaldo Bressane, Furio Lonza e Mário Bortolotto que discutiram o tema bravamente.
Espero todos vocês voltem ao Londrix deste ano. Vejam, eu disse a vocês que eu iria criá-lo, aqui meu blog... até que enfim!

Foto: Eu e o Mirisola no encerramento do Lodrix, no show do Marcelo Montenegro